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 DARLING, Dallas

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Dallas Darling

Dallas Darling


Feminino Curioso Aquário Macaco
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DARLING, Dallas Empty
MensagemAssunto: DARLING, Dallas   DARLING, Dallas Icon_minitime1/2/2016, 22:22

  • DADOS BÁSICOS

Player: Fabrizio Franco

Nome completo: Dallas Darling    
Data de Nascimento: 04 de Fevereiro de 1993
Local de Nascimento: Elkins, Randolph County, West Virginia.

Idiomas: Inglês
Sexualidade: Hetero-curiosa
Relacionamento: Viúva de Abraham "Bram" Andrew Darling

Antiga Profissão: Dallas estava no doutorado em Química Orgânica na Universidade de Columbia, em Nova Iorque

Especialidade: Dallas é um gênio, seu QI é 160, seu cérebro é focado na área de exatas: matemática, geometria, lógica, física; programação de computadores é coisa simples que ela aprende com facilidade. Mas a Química é sua paixão (pelo menos na área profissional), ela tem mestrado especializado em Metátese de olefina ou transalquilidenação. Se perguntarem ela explica: "É simples, isso acontece quando fragmentos de alquilenos se redistribuem por causa da divisão em uma olefina nas ligações duplas carbono-carbono. Sacou?"

Armamentos: Um par de bastões de trekking de fibra de carbono

  • VIDA

Seu pai era caminhoneiro. Levava carvão de minas na Virginia para carboníferas onde eram ensacadas e vendidas. Não eram viagens longas, tudo dentro do estado, no máximo dormia em outra cidade, mas voltava para casa no dia seguinte. Um dia desses resolveu aproveitar uma viagem e levou a esposa grávida e o filho para assistir uma encenação da Guerra da Sucessão em Elkins. No meio do espetáculo, um tiro de canhão assustou a mãe, e Dallas nasceu ali mesmo numa tenda de enfermaria.

Cresceu vendo seu irmão estudando para mudar a vida da família, não queria ser caminhoneiro como o pai ou teleoperadora como a mãe. O irmãozão sempre falava: "o que vai tirar a gente daqui é o estudo". O esforço dele deu certo e ele ganhou uma bolsa de estudos em outro país. Para Dallas, aquilo era sua meta, mas diferente do irmão, ela não precisava estudar, tudo era fácil demais.

Era tão fácil, tão tedioso, tão chato. Seu mundo era um pc velho, um fone de ouvido e tudo que a internet podia oferecer. Ela começou a amar bandas como The Cure e The Sisters of Mercy, lia sem parar poemas de Charles Baudelaire e Emily Dickinson, pilhas de livros de sebo de Edgar Allan Poe à Marion Zimmer Bradley acumulavam em seu quarto já todo pintado de preto.

Lembra que era fácil demais? Era. Sem nunca realmente se esforçar ganhou uma bolsa também, mas para Columbia em Nova York, para uma paixão além do gótico: a química.

Na Universidade, os estudos eram tranquilos e apaixonantes, difícil foi viver na "Grande Maçã". Trabalhou na biblioteca da faculdade, mas era muito tedioso. Trabalhou como professora particular, mas as crianças eram muito burras. Trabalhou como garçonete, e bem, foi legal. Seis horas, ganhava gorjeta e ao fundo o som era apenas de bandas covers que gostava. Até que um dia ia tocar uma banda com músicas próprias e o patrão dizia "eles são uma mistura de Bauhaus e Joy Division". E naquela noite, viu que eles eram muito bons, mas o vocalista se destacou. Ela foi até ele, mentiu dizendo que a cerveja que trazia era por conta da casa, eles beberam juntos, beijaram, transaram.

Em uma semana casaram no Escritório de Casamentos de Manhattan, em Tribeca. Os padrinhos e testemunhas foram membros da banda e uma professora de Dallas. A lua de mel foi um hotel em Coney Island.

Isso já foi há três anos, a banda de Bram Darling, a Bloody Crows, fazia sempre pequenas turnês, nada muito grande, o mais longe que foram foi para Detroit. Mas Dallas nunca os acompanhava. Terminou a faculdade, fez mestrado e se preparava para fazer o doutorado.

Os pais se aposentaram e mudaram para o Havaí, graças a ajuda do irmão. Ele também a ajudava com uma grana. Com os cachês do show do marido e os bicos de garçonete (que fazia bem de vez em quando), conseguiram mudar para um apartamento melhor. Levavam uma vida tranquila, Dallas estudava ouvindo Bram compor. Comiam apenas delivery e não tinham planos grandes. Ela só queria continuar vivendo entre os tubos de ensaios e ele tocando em pequenos bares da costa leste. Mas algo mudaria...

As revoltas em Los Angeles já aconteciam havia algum tempo e pareciam bem piores que as de Ferguson ou Baltimore, tanto que chamaram a Guarda Nacional para ajudar a polícia. Em Seattle, falavam de uma mãe que matou os filhos à mordidas. Boatos na internet contavam coisas mais bizarras ainda na Rússia e na China. O noticiário focava em conflitos com hordas de refugiados sírios na Alemanha ou ataques em Paris pelo Estado Islâmico. Países começaram a falar de fechar fronteiras, tudo por motivos de doenças como Ebola na Serra Leoa, Chikungunya na Índia e Zica no Brasil, diziam que talvez até cancelassem as Olimpíadas no Rio de Janeiro.

Dallas nunca deu bola, ela nunca foi alguém que realmente se importava com noticiários, até que ela se viu envolvida pessoalmente, dias depois do Halloween.

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  • SOBREVIVÊNCIA


Capítulo 1 - A Noite nada Orgânica de Dallas.
Era a Orgo Night, um tradicional evento de Columbia. A fanfarra da universidade invadiu a biblioteca Buttler de noite e começou a tocar lá dentro, atrapalhando os estudos de todos ali. Essa noite é sempre um dia antes do exame final de Química Orgânica, daí o nome. Ao fim de música, a segunda parte da tradição é contar piadas em cima da mesa da biblioteca. Dallas só ia assistir, não precisava realmente daquelas últimas horas de estudo, mas alguém entrou no meio da festa. Dallas o reconheceu por cima, era Stoner Sam... bem, Dallas só sabia o apelido dele. Era um viciado em crack que ela nunca soube que curso fazia.

Ele sempre teve uma aparência estranha, mas os olhos fundos estavam opacos, os lábios rachados estavam azuis. Um vômito seco estava escorrido pela sua camiseta. Ao entrar, a única coisa que fez foi morder o pescoço do trompetista da banda bem ao lado de Dallas, o sangue do músico expirou no rosto da garota.

Foi um caos, todos começaram a correr, alguns foram pisoteados, outros rolaram pela grande escadaria externa da biblioteca. O metrô levou um tempão para aparecer, ela só andaria três estações, mas nem fodendo ela iria andando até em casa. Após pegar a linha 1 do metrô, finalmente chegou em seu lar. Ela morava no terceiro andar de um prediozinho entre West End Ave e W 103rd St.

Desde a estação tentava ligar para seu marido, mas ele não atendia, estava preocupada mas sabia que ele estava tocando e só veria o celular quando fosse para o camarim. Ela fez o que fazia quando estava nervosa e preocupada: após um banho, colocou um disco de vinil do Siouxsie & the Banshees, o álbum "Through the Looking Glass". Acendeu uma vela e dormiu enrolada no edredom admirando a pequena chama.

Capítulo 2 - Você viu meu marido?
Dallas acordou com um tanque passando por sua rua. Bram ainda não tinha voltado, ela ligou de novo, mas caiu direito na caixa postal. Pelo celular começou a ver o facebook, viu pelo menos uns oito conhecidos falando ou compartilhando de outras pessoas desaparecidas. Ela ficou preocupada, pegou sua jaqueta e foi até o bar onde Bram estaria tocando. Todas as ruas estavam um caos, com carros de polícia, ambulância e caminhões de bombeiro passando para todo lado. Ela ouviu uns três tiros muito longe até chegar na boate.

Fitas amarelas da polícia na porta, as janelas quebradas. Tinha um policial ali e ele contou que houve uma briga ali, seis mortos, mas não quis explicar melhor, mandava apenas ela voltar para casa. Desesperada, correu até o Hospital Mont Sinai, que era o mais próximo. Se alguém tivesse sido socorrido, teria sido levado até lá. O local estava um caos, superlotado, muitos berravam de dor, falavam coisas como "ele me mordeu", como Stoner Sam fez na noite passada. Será que é uma nova droga louca que dá a maior larica canibal do mundo?

Ninguém tinha informação de nada, todas as enfermeiras estavam muito ocupadas. Então uma confusão. Uma senhora tinha levantado da maca e mordia o braço de um médico, um segurança atirou na mulher, no médico e mais três enfermeiros, sem motivo nenhum, até que um jovem pulou em cima dele e o fez parar de atirar.

Na confusão, Dallas entrou no computador da recepção e ali estava "Abraham Andrew Darling: falecido".

Capítulo 3 - Nova York Sitiada.
Ela chorou por três semanas. Recusou-se sair de casa, os vizinhos vinham falar com ela ou fazer companhia. Enquanto ela estava destruída por dentro, o mundo deteriorava-se lá fora. Se algo ela teve sorte, foi que sua paixão por velas deu um bom estoque quando a energia parou de funcionar. A última coisa que tinha visto na internet antes do sinal sumir de vez era que Manhattan tinha sido sitiada, ninguém podia sair ou entrar na ilha. Quando ela subiu no telhado do seu prédio, saindo de casa pela primeira vez em dias, ela podia ver algo surpreendente ao longe: a ponte George Washington destruída. Se alguém quisesse ir para Nova Jersei agora, o único caminho era o Túnel Lincoln. Mas isso era o menor dos seus problemas. Conversando com vizinhos, ela foi anotando cada boato ou informação que podia conseguir. E eles eram tão bizarros quanto qualquer história de terror que tivesse lido, qualquer poesia que tivesse ouvido em algum sarau no cemitério Mount Hope.

Dallas escreveu:
  1. Os Mortos tão vivos, e mordem.
  2. Se mordem, você morre. Se você morre, você vive, e você morde.
  3. Os militares não deixam sair de Manhattan.  
  4. Ponte George Washington foi explodida.
  5. Peter disse que foi até Civic Center, e a Ponte do Brooklyn e a Manhattan também foram explodidas.
  6. Helen falou que a Queensboro está inteira, mas cheia de militares nela. E tão atirando em quem tenta passar.
  7. A Ilha Roosevelt também está cheia de soldados, parece ser um acampamento.
  8. Tinha um gigantesco acampamento da Cruz Vermelha no Central Park, mas algo aconteceu e agora só tem tendas rasgadas.
  9. O edifício Chrysler está pegando fogo há dois dias, parece um farol gigante na Nova York escura.
  10. Dizem que um boing da American Airlines caiu em Hudson Heights.

Peter e Helen eram um casal fofo e hipster que vivia no andar de cima, e foi no começo do caos que pela primeira vez Dallas os viu sem um copo de Starbucks da mão. Eles que vieram avisar que os militares estavam vindo com dezenas de ônibus escolares, recolhendo todos os moradores. Todos estavam aliviados, isso parecia a salvação. Os dois, a senhora Toshiko, a família Juares e o Kenny, todos os moradores do prédio, fizeram suas mochilas para ir embora. Mas Dallas nunca confiou muito em autoridades e achou que podia sobreviver sozinha. Ela implorou e suplicou para os vizinhos para não contarem que ela estava ali. Se escondeu no porão, atrás da fornalha de lixo desativada há décadas. Ficou ali por umas três horas até certeza que todos tinham ido embora.

E a primeira coisa que ela fez? Foi girar a manivela da sua vitrola e deixar "The Cure" tocar. A única música na região, os mortos-vivos acumularam na frente do prédio. Mas quem diria que a violência urbana seria um motivo... o portão de entrada era uma grande de ferro e por trás uma pesada porta de madeira com quatro trincos. Foda-se, deixa acumular.

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Capítulo 4 - Meu Quarteirão, Minha Vida.
Dallas estava sentada numa cadeira de praia no alto do prédio, bebia uma cerveja quente que pegou de um apartamento do prédio vizinho. Ela tinha explorado todos os prédios do quarteirão, que davam acesso pelos telhados. Alguns precisava quebrar janelas quando o edifício grudado tinha mais andares do que o que estava, outros precisava colocar uma tábua para ir de um ao outro, ou se tivesse coragem, apenar dar um salto. Somente o prédio mais alto, que ocupava todo o lado esquerdo do bloco, era impossível de entrar. Ele tinha 12 andares, enquanto todos os outros tinham entre 6 e 8 andares, mas o pior, era um pequeno beco que os separava.

Os prédios que eram do lado direito e suas portas davam para a avenida Broadway, tinham vários comércios no térreo: o restaurante indiano Aangan, o japonês Sun-Chan, o Broadway Pizza, o Jerusalem (que faz o melhor kebab da região), além do Bob's Frame Shop, uma loja de revelação de fotografia e um mercadinho que vendia comida coreana congelada. Nada que foi muito útil, pois tinham sido saqueados, arrasados e destruídos semanas atrás.

Na lojinha do Bob tinham deixado vários galões químicos que a maioria do povo não saberia para que serve: a hidroquinona, usada no revelador, podia ser também usada para tratar manchas de pele, uma amiga tinha usado para fazer clareamento anal. Ok. Inútil. Com o ácido acético glacial do interruptor poderia preparar aspirina, o que seria bom para dor de cabeça, mas precisaria de anidrido acético, o que seria meio difícil de arranjar no momento, então deixou para trás. Mas o tiossulfato de sódio do fixador era o tesouro. Em meio tempo conseguiria fazer umas almofadas que emitiriam calor, bem útil para um inverno que chegava sem mais energia para os aquecedores.

O primeiro mordedor que matou foi no Aangan, ela foi tentar ver se tinha algo, se mas deparou com uma cozinha cheia de mortos-vivos. Ela teria morrido ali, mas pegou um cutelo que fincou na cabeça do mordedor. Não seria o último. Num apartamento que andou, matou um zumbi cadeirante, ele tentou levantar da cadeira de roda, mas caiu e foi se arrastando até ela. Dallas usou um castiçal até esmagar a cabeça dele. Outros vieram e ela foi descobrindo coisas com o tempo: facada no coração era inútil, bastão de beisebol na coluna também, até decapitar com o cutelo que tinha desde Aangan, também não matava, a cabeça ficava ali tentando morder o ar. Se queria neutralizar o monstro precisava destruir o cérebro.

Incrivelmente, ela nunca se deparou com um vivo nos apartamentos. Todos ali foram embora em algum momento. Ela não se importou, ela era a rainha do quarteirão. O único sinal de vida foi do outro lado da avenida Broadway, extremamente larga e cheia de mortos-vivos. Lá, vendo pela janela, tinha um adolescente que morava num dos alojamentos do bairro da Universidade de Columbia. Eles se acenavam quando se viam, mas era muito longe para tentar ler lábios, então quando se viam era apenas um "ok" e um "tchau".

Bem, um mês tinha passado e um apartamento seu virou um depósito, tinha muita coisa que foi deixada para trás e ela pensou ser útil: enlatados, não perecíveis, três botijões de gás, pilhas, baterias, facas, muitas facas, extintores de incêndio, produtos de limpeza, um saco de fertilizante, velas, fósforos e muita coisa que considerou para sobreviver.

Ela era a rainha do quarteirão e vivia muito bem.

Capítulo 5 - Quem quer brincar na neve?
Dallas fez a conta e com seu estoque poderia viver três meses e quinze dias, e se não tomasse café da manhã, só acordasse já no almoço, iria para cinco meses e nove dias. Todo dia ela olhava pela janela e via os mordedores passando. Alguns solitários e outros em grandes grupos. Basicamente não via uma viva alma há duas semanas, nem o seu vizinho do outro lado da avenida aparecia mais.

Imaginou que teria que lidar com gangues, saqueadores e todos os perigos, mas foi tranquilo. O que é que foi que aconteceu desde que os militares apareceram? A ilha de Manhattan que tinha um milhão e meio de pessoas vivas, agora só existia mortos andantes e devoradores de pessoas. Assim era como imaginava, pois se tivesse mais alguém ali teria que aparecer, mas não, estava sozinha.

Estava sozinha, mas não por muito tempo e alguém apareceu justamente quando a neve começou cair. Era 22 de janeiro quando iniciou uma enorme nevasca, acumulando quase 70 cm de neve por toda a cidade. Se ainda existisse meteorologistas vivos, diriam que seria o maior acúmulo de neve desde 1869. Mas Dallas não tinha como saber, só dava para ver que estava nevando muito.

Suas almofada aquecedoras foram muito úteis naquela noite fria, velas iluminavam sua casa e talvez por isso, ouviu pedrinhas sendo jogadas contra o vidro do apartamento. Lá estava o garoto que via do outro da avenida. Ele estava bem agasalhado, mas tremia de frio. Conversam pela janela e ela o deixou subir.

Devia ter uns 20 ou 22  anos, não mais do que isso, seu cabelo afro não era muito grande, mas fazia volume na touca que usava. Jackson contou que tinha ido com os militares quando passaram buscando todo mundo e foi levado, pelo que sabia, para um dos cinco acampamentos de sobreviventes em cinco ilhas, mas ele ficou só umas duas semanas em Governors, fugiu e ficou lá no seu antigo apartamento desde então. Ela anotou tudo que ele contou:

Dallas escreveu:
  1. O Exército transformou cinco ilha em volta de Manhattan em grandes acampamentos: Ellis, Roosevelt, Randalls and Wards, Governors e Liberty.

  2. Liberty (onde fica a estátua da Liberdade) é a menor e também foi a primeira cair. Enquanto Jackson ainda estava em Governors, ouviu os militares dizendo que perderam contato com a ilha.

  3. O acampamento em Governors é cheio de gigantes tendas, com centenas de camas de armar. A comida é bastante contada e qualquer um que apresenta qualquer doença, desaparece. Jackson viu militares levarem um senhor idoso após ele tossir.

  4. Contou também que ouvira boatos que iam lançar misseis na Ilha Rikers, pois a prisão tornou-se um grande aglomerado de comedores com quase dez mil zumbis, após os carcereiros abandonarem deixando lá só os prisioneiros.

  5. Após fugir num barquinho e descer no Pier 83 em Hell's Kitchen, viu que o antigo Porta-Avião, agora museu, o Intrepid, estava afundado. Não soube o que aconteceu.

  6. Hell's Kitchen está lotado de zumbis, a Décima e Nona avenida estão cheias de mortos-vivos. Ele foi então pela Time Square, lá tem quatro montes de corpos carbonizados de quase três metros de altura.

  7. Subiu pela Broadway e jura que viu todo o elenco de Cats versão zumbi, dentro do teatro debatendo contra as portas de vivo.

  8. Em Columbus Circus, onde a Brodaway cruza com a ponta do Central Park, viu uma tropa de cavalos vivos e bem. De alguma forma, dez animais ainda estavam sobrevivendo aos mordedores.

  9. Havia luzes no Lincoln Center, talvez tenha gente viva lá.

  10. Teve que desviar em Verdi Square por estar cheia de zumbis também e subiu pela Columbus, entrou depois na Amsterdan e assim voltou para Brodaway até chegar em casa.

Ele fugiu pois a ilha do acampamento era cheio de castanheiras e Jackson era alérgico, começando formar urticária nele, e com medo de ser morto pelos militares ou que é que fosse que eles faziam com os doentes, se mandou, roubando um barquinho. Ficou no seu apartamento desde então, mas ao contrário de Dallas ele se arriscava para sair. Foi quando descobriu que toda a 100St entre Columbus e Amsterdan estava bloqueada com pilhas carros fazendo uma barricada. Eram os policiais da 24º delegacia. Mesmo assim evitou se aproximar. Uns oito dias depois viu policiais jogando um senhor pela janela num hostel próximo e os viu atirando na esposa dele e em duas crianças.

Por isso, acredita que eles estão dando uma limpa no bairro e roubando as provisões. Já estava planejando fugir e a nevasca se mostrou bem útil. Já estava indo embora quando viu as velas pela janela e achou certo chamá-la. Dallas teve que pensar um pouco, mas concordou. A 24º delegacia era apenas a quarto quarteirões dali, se os policiais estavam exterminando pessoas, logo ela seria a próxima. Fugiria com Jackson. Arrumou uma mochila melhor que podia, tinha coisas que eram do seu laboratório como o canudo filtro e potente isqueiro, outras eram o que tinha pego nos apartamentos dos outros, incluindo dois bastões para fazer trekking que seriam muito uteis. E lá foram embora.

Capítulo 6 - Há um zumbi no final do túnel.
Primeiro pensaram nas opções que tinham: podiam ir para Lincoln Center onde parecia ter algumas pessoas vivendo, mas o local não era longe, logo o perigo dos policiais ainda era existente. Pensaram apenas ir mais longe, Harlem, Sugar Hill, Chelsea, enfim outros pontos longe de onde estavam. Bastaria achar um novo apartamento e ali ficar. Até imaginaram ir nos luxuosos prédios como a cobertura do 432 Park Avenue ou o duplex conhecido como Mansão Carhart, que já foi da Jimmy Cho. Quem sabe até na Trump Tower?

Mas Jackson contou que no acampamento todos os soldados queriam ir para Philadelphia, pois lá tinham conseguido fazer uma base segura. Alguns até falaram que a cidade inteira estava salva. Bem, seria melhor que ali, uma Nova York tomada de milhares de mortos-vivos e policiais assassinos.

Porém, o único problema era sair da ilha, e o único caminho era o túnel Lincoln. Seriam 2,5 km debaixo do rio Hudson, onde o único trajeto é ir ou voltar. Mas não tinha um outro jeito. Pelo menos Jackson estava armado, ele tinha um pequeno fuzil e um enorme facão que achara no apartamento de um cara com a bandeira da Confederação.

Até lá foi um caminho fácil, era só seguir toda a West End. Todos os mordedores que encontravam estavam com neve até os joelhos ou na canelas. E o frio deixava eles bem mais lento. Jackson ia no caminho matando eles, parecia tão natural enfiar o facão no crânio daqueles que um dia já foram pessoas.

Quando chegaram no túnel, viram que tinha cercas com arame farpado, dois tanques e dezenas de mortos pelo chão. Se tentaram bloquear ali, agora era um caminho aberto. Os dois pegaram lanternas e seguiram para dentro do Lincoln. Todo o percurso estava cheio de carros com porta abertas, alguns pareciam que tinham sido metralhados, outros queimados. Iam com cuidado e foi preciso, Dallas enfiou seu bastão num morto-vivo preso com cinturo segurança e Jackson com o facão achou um andando solitariamente.

Tinham andando quase oito quilômetros desde sua casa e estavam cansados. Encontraram um enorme caminhão, daqueles que tinham quase uma casa dentro da cabine do motorista. Pareceu um lugar seguro para descansar.

Não sabem quanto tempo dormiram, mas acordaram, comeram uma carne enlatada e bolacha cracker, e continuaram sem problema, mas então chegaram no final do túnel, a barreira do lado de Nova Jersei ainda estava funcionando. Sem ninguém, mas com dezenas de zumbis do outro lado. Estavam andando a esmo, não tinham percebido que havia dois vivos do outro lado da grade, por isso não a forçavam. Felizmente tinha um beco onde os mortos não estavam, porém a grade impedia a passagem. Jackson tentou cortar com o facão, mas sem sucesso. Felizmente, Dallas sabia: "O ácido sulfúrico reage com alumino e vai quebrar a grande pois o metal se dividirá em hidrogênio e sufalto de alumínio. E onde temos bastante ácido sulfúrico?" ela apontou para os carros e tiraram as baterias de dois deles, e com um furo no lugar certo, fizeram o ácido espirrar na grade.

Andaram por vários dias. Invadiam apartamentos apenas para dormir. Encontravam mortos vivos por todo o caminho. Jercey City e Newark pareciam ter passado por uma guerra realmente, haviam prédios que pareciam ter sido bombardeados. Mesmo assim, evitando ruas cheias de zumbis, eliminando alguns pelo caminho, e principalmente, evitando outras pessoas. Viram ao longe pequenos grupos, alguns prédios ou casas ainda ocupadas. Continuaram a avançar bem. Parecia que seria só uma questão de tempo chegar em Philadelphia.

Capítulo 7 - Tudo acontece em Elizabethtown.
A pequena cidade da grande área metropolitana de Nova York era uma cidade que cresceu por causa das suas ferrovias e envio de grãos para os portos. Era justamente pela estrada de ferro que seguiam. Passaram ao lado do aeroporto e agora não estavam muito longe da principal atração da cidade, o "The Mills at Jersey Gardens", um gigantesco outlet de dois andares. E foi uma das piores ideias de Dallas e Jackson passar por perto. O estacionamento não era muito longe e estava cheio de mortos-vivos, na casa das centenas, provavelmente composto de turistas que vieram ao local comprar. Tentaram passar discretamente, mas se foi o cheiro deles ou até mesmo o som de seus passos, chamou atenção deles ali, logo estavam sendo seguidos pelos zumbis.

Correram mais do que podiam, mas os mortos-vivos começaram a vir de outra região e logo estavam cercados. Dallas não perdeu tempo, pegou uma camiseta da mochila, rasgou em tiras e colocou no tanque de três carros ali perto. Acendeu com o isqueiro e ambos saíram correndo. Foram três explosões, que realmente mataram de vez alguns zumbis. Mas o som chamou muitos outros.

Correram mais um pouco, cruzaram uma pequena mata, depois um pátio de uma fábrica, voltaram para o trilho, foi quando deparam com uma sorte: em cima do viaduto que estavam tinha um trem que levava cinco vagões de propano. Dallas sorriu para Jackson, tirou da mala dele uns cartuchos de bala e colocou em cima de um caixote. Depois abriu o registro de um dos vagões, deixando o gás escapar. Os zumbis já estavam quase ali e eles voltaram a correr.

Distanciaram o máximo que podiam e Dallas pediu para Jackson atirar. Ele precisou dar três tiros até acertar a caixinha de cartuchos e então, BUM!, uma enorme explosão, formando até um gigantesco cogumelo de chamas. O viaduto inteiro ruiu. Se o fogo não levou os mortos-vivos, pelo menos agora não tinham como cruzar a estrada.

Dallas ia abraçar Jackson, então viu ele caído. Um estilhaço da explosão atravessou o peito dele. Ele gorfava sangue e Dallas desesperada não sabia o que fazer. Tinha levado remédios, mas olhava para ele e o estado parecia muito grave. Então apenas o abraçou e não levou nem um minuto para ele morrer em seus braços.

Ela chorou, sentindo todo o peso da culpa em si. A ideia tinha sido dela, deviam ter ido mais longe. Então ele abriu os olhos e começou a gemer, tentou mordê-la, mas Dallas foi rápida o suficiente para empurrá-lo para longe. Ele ia se levantar quando ela pegou seu bastão de trekking e furou o cérebro do amigo.

Mas ele não tinha sido mordido. Então como? Só restava uma dedução: ao morrer, todos seríamos um mordedor de carne.

Enterrou o amigo, então se escondeu no terceiro andar de um prédio de quatro. Devia ser um casal de velhinhos que morava ali. Por alguma razão, não tinham sido invadidos e tinha bastante carne enlatada. Devia também ter água na caixa d'água e por isso ainda saia pela torneira. Era o que precisava, então ficou ali, pensando no que fazer.

E assim começa a próxima parte da jornada de Dallas, quando alguém encontrá-la...

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  • FAMÍLIA E RELACIONAMENTOS


Papai James - Papai gostava de frango frito e ver futebol americano num bar perto de casa. Era um caminhoneiro de carvão mas nunca foi além dos estados que faziam fronteira do que vivia, até que se aposentou e mudou para o Havaí. Dallas espera que ele esteja bem.

Mamãe Sylvia - Mamãe gostava de sodoku e das Kardashians. Era uma professora de matemática que teve que se aposentar cedo por causa de uma lesão no pulso. Quando o marido também se aposentou, mudou-se para Havaí. Dallas espera que ela esteja bem.

Irmão Tom - Maninho gostava estudar e ajudar as pessoas. Por isso que quando tornou-se doutor, ajudou a família, foi o que comprou a casa dos pais no Havaí e o que bancava Dallas em Nova York. Dallas não sabe onde ele está, mas espera que ele esteja bem.

Marido Bram - O amor de sua vida gostava do próprio e longo cabelo e ler quadrinhos do Archie. Era membro de uma banda de rock gótico, e tocou até a noite que morreu, durante um show. Dallas espera que ele esteja descasando em paz.

  • APARÊNCIA

Dallas é loira de nascença, mas aos 13 anos começou pintar de preto, algumas vezes com mechas roxas e nunca mais parou. Ela tinha bastante tinta em casa, o que fez com pintasse até dias antes de abandonar a casa, e ainda levou com ela um pouco de tintura.

Dallas é pequena e magra, mas é algo natural, nunca se importou, e nem vê razão por isso, de controlar o que comia, ou até mesmo a necessidade de fazer exercício. Ao contrário, passava boa parte do dia sentada no laboratório e depois comia no McDonalds.

Dallas é míope, e precisa de óculos para ver ao longe. Mas, sempre ficou incomodada de usar óculos, e preferia usar lente. Durante um tempo até usou lente para mudar a cor dos olhos, que são verdes, para negros.

  • PERSONALIDADE

Dallas é extremamente inteligente, mas que se perde em seus pensamentos. Quando tinha sua vida normal, era capaz de se perder numa conversa, pois calculava uma fórmula química em sua mente. Não que era distraída, mas que ela sempre achava que tinha coisas mais importantes para dar atenção. Agora precisa aprender que o mundo à sua volta é mais perigoso do que acontece dentro de seus pensamentos.

Dallas é o que alguns chamam de "gótica suave", ela nunca foi depressiva, ou como clichês dizem satanista, vampirista ou qualquer destas coisas. Para ela, resumia ouvir The Smiths, se vestir de preto, ter velas e gostar de poesias. Coisas que ama e nunca vai abandonar.
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